Pular para o conteúdo principal

Francisco Cláudio de Lima (Chico de Pitiu).

Francisco Cláudio de Lima, "Chico de Pitiu", nasceu no dia 28 de agosto de 1924, na cidade de Esperança-PB, filho do pedreiro Severino Cláudio dos Santos (Pitiu) e de D. Rosalina Maria da Conceição.
Fez o curso Primário no Grupo Escolar “Irineu Joffily” em 1939, trabalhou como sapateiro e alfaiate (1937 a 1952), e foi porteiro do Cine “Ideal [1]” de 1939 a 1940, de seu Titico Celestino.
Em 1952, após fazer o curso de Auxiliar de Saneamento, foi admitido na Fundação Serviços de Saúde Pública (antigo SESP [2]) de Esperança, sendo transferido em 1956 para Alagoa Grande, onde permaneceu até 1958.
Em 1959, já casado, foi trabalhar em Pernambuco. Naquele mesmo ano reiniciou os estudos e fez o curso de Admissão no Colégio Estadual de Salgueiro, onde residiu de 1958 a 1961.
No ano de 1961 formou-se Inspetor de Saneamento, na cidade de Governador Valadares-MG.
Em 1962, retornando a sua terra natal, concluiu o Curso Comercial na Escola de Comércio “Olímpia Souto”.
Em 1966 foi removido para a Diretoria Regional do SESP na Paraíba e indicado para a função de Supervisor de Saneamento.
Estudou ainda na Escola Técnica de Comércio de Campina Grande e na Academia de Comércio “Epitácio Pessoa”, em João Pessoa, onde concluiu o curso Técnico em Contabilidade. Além de se bacharelar em Direito, pela Universidade Federal da Paraíba, no ano de 1981.
Em 1994 nos presenteou com o livro “50 Anos de Futebol e Etc.”, com prefácio de Severino Ramos Pereira (Dr. Nino), onde relata fatos curiosos e pitorescos do surgimento e da evolução deste esporte em nossa cidade.
Dedicou trinta e nove anos de sua existência a causa da saúde, como funcionário da Fundação SESP [3], participando de diversos treinamentos, seminários e cursos, e atuando nos Estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, onde coordenou as atividades de saneamento de saúde pública. É forçoso dizer que na época não existia infra-estrutura nem saneamento básico nas cidades, o que provocava surto e endemias. Daí a importância dos serviços de saúde pública.
Foi ainda dirigente do América Futebol Clube e do Centro Artístico Operário Beneficente de Esperança (CAOBE).
Como ele mesmo escreveu em sua biografia, procurou se manter coerente com sua formação e suas origens.
Faleceu em setembro de 2007.
O Posto de Saúde da Família (PSF) localizado no bairro Portal, denomina-se “Francisco Cláudio de Lima” em sua homenagem.

Rau Ferreira

[1] Que mais tarde viria a se chamar Cine São Francisco.
[2] Hoje Fundação Nacional de Saúde – FNS.
[3] De 1952 a 1991.

Fonte:
- Livro "50 Anos de Futebol e Etc.", de Francisco Cláudio de Lima, Ed. Rivaisa, 1994

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Pedra do Caboclo Bravo

Há quatro quilômetros do município de Algodão de Jandaira, na extrema da cidade de Esperança, encontra-se uma formação rochosa conhecida como “ Pedra ou Furna do Caboclo ” que guarda resquícios de uma civilização extinta. A afloração de laminas de arenito chega a medir 80 metros. E n o seu alto encontra-se uma gruta em formato retangular que tem sido objeto de pesquisas por anos a fio. Para se chegar ao lugar é preciso escalar um espigão de serra de difícil acesso, caminhar pelas escarpas da pedra quase a prumo até o limiar da entrada. A gruta mede aproximadamente 12 metros de largura por quatro de altura e abaixo do seu nível há um segundo pavimento onde se vê um vasto salão forrado por um areal de pequenos grãos claros. A história narra que alguns índios foram acuados por capitães do mato para o local onde haveriam sucumbido de fome e sede. A s várias camadas de areia fina separada por capas mais grossas cobriam ossadas humanas, revelando que ali fora um antigo cemitério dos pr

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele

O Mastodonte de Esperança

  Leon Clerot – em sua obra “30 Anos na Paraíba” – nos dá notícia de um mastodonte encontrado na Lagoa de Pedra, zona rural de Esperança (PB). Narra o historiador paraibano que em todo o Nordeste existem depressões nos grandes lajeados que afloram nos terrenos, conhecidas pelo nome de “tanques”, muitas vezes obstruídos pelo material aluvionar. Estes são utilizados para o abastecimento d’água na região aplacada pelas secas, servindo de reservatório para a população local. Não raras as vezes, quando se executa a limpeza, nos explica Clerot, aparecem “ restos fossilizados dos vertebrados gigantes da fauna do pleistoceno que povoou, abundante, a região do Nordeste e, aliás, todo o Brasil ”. Esqueletos de espécimes extintas foram encontradas em vários municípios, soterrados nessas condições, dentre os quais se destaca o de Esperança. A desobstrução dos tanques, necessária para a sobrevivência do rurícola, por vezes provocava a destruição do fóssil, como anota o professor Clerot: “ esf

Hino da padroeira de Esperança.

O Padre José da Silva Coutinho (Padre Zé) destacou-se como sendo o “ Pai da pobreza ”, em razão de suas obras sociais desenvolvidas na capital paraibana. Mas além de manter o Instituto São José também compunha e cantava. Aprendeu ainda jovem a tocar piano, flauta e violino, e fundou a Orquestra “Regina Pacis”, da qual era regente. Entre as suas diversas composições encontramos o “ Novenário de Nossa Senhora do Carmo ” e o “ Hino de Nossa Senhora do Bom Conselho ”, padroeira de Esperança, cuja letra reproduzimos a seguir. Rau Ferreira HINO DE NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO (Padroeira de Esperança) VIRGEM MÃE DOS CARMELITAS, ESCUTAI DA TERRA O BRADO, DESCEI DE DEUS O PERDÃO, QUE EXTINGUA A DOR DO PECADO. DE ESPERANÇA OS OLHOS TERNOS, FITANDO O CÉU CÔR DE ANIL, PEDEM VIDA, PEDEM GLÓRIA, PARA AS GLÓRIAS DO BRASIL! FLOR DA CANDURA, MÃE DE JESUS, TRAZEI-NOS VIDA, TRAZEI-NOS LUZ; SOIS MÃE BENDITA, DESTE TORRÃO; LUZ DE ESPERANÇA, TERNI CLARÃO. MÃE DO CARMO E BOM CONSELHO, GLÓRIA DA TERRA E DOS

Versos da feira

Há algum tempo escrevi sobre os “Gritos da feira”, que podem ser acessadas no link a seguir ( https://historiaesperancense.blogspot.com/2017/10/gritos-da-feira.html ) e que diz respeito aqueles sons que frequentemente escutamos aos sábados. Hoje me deparei com os versos produzidos pelos feirantes, que igualmente me chamou a atenção por sua beleza e criatividade. Ávidos por venderem seus produtos, os comerciantes fazem de um tudo para chamar a tenção dos fregueses. Assim, coletei alguns destes versos que fazem o cancioneiro popular, neste sábado pós-carnaval (09/03) e início de Quaresma: Chega, chega... Bolacha “Suíça” é uma delícia! Ela é boa demais, Não engorda e satisfaz. ....................................................... Olha a verdura, freguesa. É só um real... Boa, enxuta e novinha; Na feira não tem igual. ....................................................... Boldo, cravo, sena... Matruz e alfazema!! ........................................