Pular para o conteúdo principal

Apresentação: Celita Pê Ataide Alves*

* Discursso proferido por Rau Ferreira por ocasião da inauguração do Forum Eleitoral.

Não é fácil falar de quem admiramos, temos respeito e que dividimos por algum tempo o mesmo posto de trabalho. É na verdade difícil ser parcial com aquele que amamos.
Dona Celita é sinônimo de esforço e dedicação ao judiciário paraibano. Ingressou nos quadros do TJPB em 1976 e por quase 40 anos exerceu o ofício de Escrivã da 1ª Serventia Judicial de Esperança.
O seu empenho não conhecia limites e renegava a própria existência particular. Soube sim, enfrentar todos os percalços da vida e se impor como mulher forte e vencedora. Tinha no zelo pelo trabalho a sua meta, e na honestidade o seu maior ideal. Mas não se descuidou em mostrar o caminho da magistratura a seu único filho, o Dr. Fábio Ataide.
A sua personalidade marcante cativou diversos juízes que reverenciavam seu nome na Corte de Justiça. E foi assim que a Comarca de Esperança alcancou uma posição de destaque como unidade organizada e promissora, tornando-se uma das mais cobiçadas do Estado.
Ela conhecia, senão todos, a maioria dos processos que tramitava sob sua responsabilidade; o andamento processual, os nomes das partes e os advogados. E tinha-os sempre a mão se alguém deles precisasse. E nesta sua labuta, ainda encontrava tempo para atuar como Tabeliã Pública substituindo o inesquecível Geraldo Bezerra Cavalcanti, além de ser dona de casa e mãe.
Frente ao Eleitoral e à Chefia desta 19ª Zona, auxiliou com sua presteza e conhecimento em diversas eleições, representado nos biênios 1976/1978, 1980/1984, 1989/1991 e 1995/1997, seguindo-se ao rodízio de praxe, e substituindo o titular em 1974 e 1993. Nesta condição foi a servidora que atuou por mais tempo na escrivania eleitoral, numa época em que o voto era manual e precisava ser contado e cujo resultado não poderia pairar qualquer dúvida. A sua ética e profissionalismo fizeram escola ensinando muitos dos servidores que por aqui passaram.
Quando foram propostos e cogitados os nomes para denominar este Forum Eleitoral, sobressaiu o de Dona Celita diante de tantos outros esperancenses ilustres, não só pelas qualidades aqui apontadas mas em reconhecimento a sua fidelidade e dedicação à causa da justiça.
Para nós, enquanto servidores do judiciário, é uma grata satisfação em ver homenageada uma pessoa que tanto contribuiu com seu trabalho para a formação de uma sociedade mais igualitária.

Esperança, 16 de junho de 2010.

Rau Ferreira

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Pedra do Caboclo Bravo

Há quatro quilômetros do município de Algodão de Jandaira, na extrema da cidade de Esperança, encontra-se uma formação rochosa conhecida como “ Pedra ou Furna do Caboclo ” que guarda resquícios de uma civilização extinta. A afloração de laminas de arenito chega a medir 80 metros. E n o seu alto encontra-se uma gruta em formato retangular que tem sido objeto de pesquisas por anos a fio. Para se chegar ao lugar é preciso escalar um espigão de serra de difícil acesso, caminhar pelas escarpas da pedra quase a prumo até o limiar da entrada. A gruta mede aproximadamente 12 metros de largura por quatro de altura e abaixo do seu nível há um segundo pavimento onde se vê um vasto salão forrado por um areal de pequenos grãos claros. A história narra que alguns índios foram acuados por capitães do mato para o local onde haveriam sucumbido de fome e sede. A s várias camadas de areia fina separada por capas mais grossas cobriam ossadas humanas, revelando que ali fora um antigo cemitério dos pr

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele

Genealogia da família DUARTE, por Graça Meira

  Os nomes dos meus tios avôs maternos, irmãos do meu avô, Manuel Vital Duarte, pai de minha mãe, Maria Duarte Meira. Minha irmã, Magna Celi, morava com os nossos avós maternos em Campina Grande, Manuel Vital Duarte e Porfiria Jesuíno de Lima. O nosso avô, Manuel Vital Duarte dizia pra Magna Celi que tinha 12 irmãos e que desses, apenas três foram mulheres, sendo que duas morreram ainda jovens. Eu e minha irmã, Magna discorríamos sempre sobre os nomes dos nossos tios avôs, que vou colocar aqui como sendo a expressão da verdade, alguns dos quais cheguei eu a conhecer, e outras pessoas de Esperança também. Manuel Vital e Porfiria Jesuíno de Lima moravam em Campina Grande. Eu os conheci demais. Dei muito cafuné na careca do meu avô, e choramos sua morte em 05 de novembro de 1961, aos 72 anos. Vovó Porfiria faleceu em 24 de novembro de 1979, com 93 anos. Era 3 anos mais velha que o meu avô. Nomes dos doze irmãos do meu avô materno, Manuel Vital Duarte, meus tios avôs, e algumas r

Dom Manuel Palmeira da Rocha

Dom Palmeira. Foto: Esperança de Ouro Dom Manuel Palmeira da Rocha foi o padre que mais tempo permaneceu em nossa paróquia (29 anos). Um homem dinâmico e inquieto, preocupado com as questões sociais. Como grande empreendedor que era, sua administração não se resumiu as questões meramente paroquianas, excedendo em muito as suas tarefas espirituais para atender os mais pobres de nossa terra. Dono de uma personalidade forte e marcante, comenta-se que era uma pessoa bastante fechada. Nesta foto ao lado, uma rara oportunidade de vê-lo sorrindo. “Fiz ciente a paróquia que vim a serviço da obediência” (Padre Palmeira, Livro Tombo I, p. 130), enfatizou ele em seu discurso de posse. Nascido aos 02 de março de 1919, filho de Luiz José da Rocha e Ana Palmeira da Rocha, o padre Manuel Palmeira da Rocha assumiu a Paróquia em 25 de fevereiro de 1951, em substituição ao Monsenhor João Honório de Melo, e permaneceu até julho de 1980. A sua administração paroquial foi marcada por uma intensa at

Cronologia da Produção Jornalística de Esperança-PB

  Pequena lista dos jornais de Esperança: 1. O Farol, de José Maria Passos Pimentel (s/d) 2. A Seta (1928), do jornalista Tancredo de Carvalho 3. O Correio de Esperança (1932), com direção de Odilon Feijó, redatores: Luiz Gil de Figueiredo e Severino Torres 4. O Tempo (1932) de José de Andrade, com gerência de Teófilo Almeida 5. O Gillete, de Sebastião Lima e Paulo Coelho (1937) 6. O Boato, de Eleazar Patrício e João de Andrade Melo (1940) 7. Vanguarda Esperancense (1960) dirigido por João de Deus Melo 8. O Mensário (1970), da prefeitura local 9. Jornal Estudantil (1984), de Evaldo Brasil, João de Araújo e outros 10. Novo Tempo (1985), jornalista responsável Evaldo Brasil 11. Tribuna Independente, depois renomeado Tribuna de Esperança (1986) de Otílio Rocha 12. A folha (1988) de Armando Abílio, jornalista responsável Otílio Rocha 13. Jornal da AALE (2013) 14. Jornal Local (2014) 15. Jornais de festa: O Clarão dos alunos do (Instituto Elízio Sobreira, do pr