Pular para o conteúdo principal

Esperança: Densidade demográfica

Em nossas pesquisas encontramos várias referências a cidade e seus habitantes em diversos momentos da história. E na maioria deles, há menção a sua população. É interessante fazermos um registro da densidade demográfica do município de Esperança, para entendermos um pouco de sua expansão.
Contudo, não encontramos escritos que digam respeito à antiga “Banabuyê”, mas acredita-se que esta era bastante habitada pois em pouco tempo foi elevada a categoria de distrito e posteriormente à vila, sendo emancipada em 1925.
Em 1914, Coriolano de Medeiros escreve que a Vila de Esperança, distante 15 Km da sede (Alagoa Nova), possuia 800 moradores.
Por sua vez, no ano de 1950, a cidade apresentava 7.076 pessoas (29,05%) e a zona rural 17.275 (70,95%), de um total de 24.351 habitantes.
Na década de 60 houve o desmembramento dos municípios de Areial e Montadas, e a nossa população de Esperança ficou em torno de 18.018 habitantes.
Em 1970 eramos 21 mil pessoas, sendo 9.801 homens e 11.199 mulheres. Destes, 10.634 residiam na sede (49,35%) e 10.636 morava nas propriedades rurais.
Nos anos 80, estes números subiram para 23 mil (IBGE: 1980), com uma estimativa 23.041 habitantes para 1985.
O Censo de 1991 nos dava uma população urbana de 16.795 pessoas (61%) e 10.799 rural (39%), do total de 27.594 habitantes do município. E em 2008, a estimativa do IBGE era de 30.629 habitantes no município. E a previsão para 2009 era de 30.855 habitantes.
Acredita-se que hodiernamente o município de Esperança esteja beirando os 35 mil habitantes.
Para ilustrar melhor, fizemos o seguinte quadro comparativo:

1914 1950 1960 1970 1980 1990 2009

800 +24mil +18mil 21mil 23mil +27mil +30mil


Rau Ferreira

Fonte:
- MEDEIROS, Coriolano de. Diccionario chorographico do Estado da Parahyba. Ed. Imprensa Official: 1914, p. 35;
- Enciclopédia brasileira Mérito: Com milhares de desenhos a traço, ilustraçoes, muitas a côres, um atlas universal completo e mapas dos estados e territórios do Brasil. Volume VIII. Editora Mérito S. A.: p. 251;
- http://pt.wikipedia.org/ (Categoria: Municípios), acesso em 07/07/2009;
- http://www.esperanca.pb.gov.br/, Notícia: Audiência Pública discutirá duplicação da BR 104, 18/02/2010;
- Esperança - Série Diagnósticos Sócio-econômicos. PRODER/SEBRAE-PB, João Pessoa: 1997, p. 13/16.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Pedra do Caboclo Bravo

Há quatro quilômetros do município de Algodão de Jandaira, na extrema da cidade de Esperança, encontra-se uma formação rochosa conhecida como “ Pedra ou Furna do Caboclo ” que guarda resquícios de uma civilização extinta. A afloração de laminas de arenito chega a medir 80 metros. E n o seu alto encontra-se uma gruta em formato retangular que tem sido objeto de pesquisas por anos a fio. Para se chegar ao lugar é preciso escalar um espigão de serra de difícil acesso, caminhar pelas escarpas da pedra quase a prumo até o limiar da entrada. A gruta mede aproximadamente 12 metros de largura por quatro de altura e abaixo do seu nível há um segundo pavimento onde se vê um vasto salão forrado por um areal de pequenos grãos claros. A história narra que alguns índios foram acuados por capitães do mato para o local onde haveriam sucumbido de fome e sede. A s várias camadas de areia fina separada por capas mais grossas cobriam ossadas humanas, revelando que ali fora um antigo cemitério dos pr

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele

O Mastodonte de Esperança

  Leon Clerot – em sua obra “30 Anos na Paraíba” – nos dá notícia de um mastodonte encontrado na Lagoa de Pedra, zona rural de Esperança (PB). Narra o historiador paraibano que em todo o Nordeste existem depressões nos grandes lajeados que afloram nos terrenos, conhecidas pelo nome de “tanques”, muitas vezes obstruídos pelo material aluvionar. Estes são utilizados para o abastecimento d’água na região aplacada pelas secas, servindo de reservatório para a população local. Não raras as vezes, quando se executa a limpeza, nos explica Clerot, aparecem “ restos fossilizados dos vertebrados gigantes da fauna do pleistoceno que povoou, abundante, a região do Nordeste e, aliás, todo o Brasil ”. Esqueletos de espécimes extintas foram encontradas em vários municípios, soterrados nessas condições, dentre os quais se destaca o de Esperança. A desobstrução dos tanques, necessária para a sobrevivência do rurícola, por vezes provocava a destruição do fóssil, como anota o professor Clerot: “ esf

Anselmo Costa

O Pod.: Ir.: Anselmo Costa é filho do ilustre desportista José Ramalho da Costa e d. Maria da Guia Costa. Casado com a Sra. Meire Lúcia de Faria Costa, tem três filhos (Rodolfo, Renê e Rainer) e dois netos gêmeos (Guilherme e Gustavo). Nasceu em Esperança no dia 08 de Fevereiro de 1950 e se dedicou ao ramo de Clínica Odontológica em Brasília/DF, onde reside desde 1976. Na maçonaria, teve sua iniciação junto a ARLS Mutirão Nº 11 – GLMDF - em 13 de dezembro de 1986, sendo elevado em 9 de outubro do ano seguinte e exaltado em 17 de junho de 1988. Sua instalação ocorreu em 19 de maio de 2000, tendo exercido o cargo de V.'. M.'. daquela oficina por duas vezes, no período de 2000/2001 e 2009/2011. É membro do S.C.G.33 do R.E.A.A. DA M.R.F.B,.desde 1993, e da Academia Paraibana de Letras Maçônicas, tendo atuado como Juiz do Conselho de Justiça do GLMDF (2002/2005) Idealizou e fundou o Capítulo Mutirão Social Nº 775 da Ordem DeMolay.Or.'. do Guará-DF e Associação Brasil

Versos da feira

Há algum tempo escrevi sobre os “Gritos da feira”, que podem ser acessadas no link a seguir ( https://historiaesperancense.blogspot.com/2017/10/gritos-da-feira.html ) e que diz respeito aqueles sons que frequentemente escutamos aos sábados. Hoje me deparei com os versos produzidos pelos feirantes, que igualmente me chamou a atenção por sua beleza e criatividade. Ávidos por venderem seus produtos, os comerciantes fazem de um tudo para chamar a tenção dos fregueses. Assim, coletei alguns destes versos que fazem o cancioneiro popular, neste sábado pós-carnaval (09/03) e início de Quaresma: Chega, chega... Bolacha “Suíça” é uma delícia! Ela é boa demais, Não engorda e satisfaz. ....................................................... Olha a verdura, freguesa. É só um real... Boa, enxuta e novinha; Na feira não tem igual. ....................................................... Boldo, cravo, sena... Matruz e alfazema!! ........................................