O historiador Pedro Calmom - que foi seu colega de faculdade no curso de Direito - considerava SOL um parnasiano (Memórias, p. 105). Na mesma linha de pensamento temos Luis Carlos (Rosal de Rytmos, 1924).
Por outro lado, o crítico literário Hildeberto Barbosa Filho tinha-o por simbolista (Convivência crítica, p. 23) assim como o nosso conterrâneo Gemy Cândido (História Crítica da Literatura Paraibana).
Enquanto isto o seu colega de redação e também poeta Eudes Barros classificava-o como parnasiano na forma clássica do verso e um simbolista na inspiração (A União, 15/11/1987).
Na nossa opinião o vate passeou muito bem pelas duas correntes literárias. Em seu primeiro livro (Cysnes, 1924), encontramos versos que o elevam aos cimos do parnaso, citemos "Ovelhinha tresmalhada". E em "Sombra Iluminada" (1927), ainda sobre a influência de Cruz e Souza, demonstra sentimentos de dor e amargura típicos do Simbolismo, ao escrever os sonetos como "O meu palhaço" e "Ária do Destino".
Assim podemos observar em duas épocas diferentes a sua produção poética voltada para as evocações bucólicas e outras para a seara simbolista, cuja predominância eram as ausências e amarguras talvez vividas na própria carne.
Nesse aspecto, o poeta confidenciou certa vez ao Deputado Francisco Souto: "Chico se desastre na vida fosse fortuna, eu era mais rico do que Rockfeller" (citado por João de Deus Maurício in: A Vida Dramática de Silvino Olavo, p. 77).
Rau Ferreira
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