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Mostrando postagens de setembro, 2011

Esperança: circunscrição eleitoral em 1856

Em 1856 as terras que hoje compõe o município de Esperança pertenciam à Alagoa Nova. Não existia, por assim dizer, povoação. O local era apenas uma sesmaria que daria origem quatro anos depois à Fazenda Banabuyé Cariá, de onde surgiu uma pequena aglomeração de pessoas em torno de uma feira sendo esta a história da nossa colonização. Estas paragens eram conhecidas desde 1757, quando o Capitão-mór da Parahyba Clemente de Amorim e Souza percorreu o lugar para descrever a topografia e as distâncias ao governador da capitania. A carta encontra-se arquivada na Torre do Tombo em Portugal. Depois vieram os índios tapuias ou banabués, que construíram o Tanque do Araçá; e o marinheiro Barbosa, com sua residência. Outro fato relevante para a nossa história é o Decreto N. 1.795, de 30 de julho de 1856, o qual dividia a Província da Parahyba em distritos eleitorais e elegia o 3° Distrito formado pelas paróquias de Arreia, Alagoa Nova, Bananeiras, Araruna e Cuité, formando um único colégio eleitoral

Evaldo, o anônimo

Alguém já disse no passado que Esperança era um deserto de homens e idéias. Contudo, mesmo no deserto encontramos uma nascente, uma fonte. E é desta água que nasce Evaldo Brasil , o grande ícone " oculto " da nossa cultura. Digo-o assim, pois ele prefere a solidão do anonimato aos holofotes ofuscantes da glória. Bom prá ele! Às vezes as luzes encandeiam e a gente não enxerga como deve. E em nossa cidade existem muitas pessoas assim, deslumbradas com o brilho de algo que é passageiro. Mas Evaldo faz o seu trabalho e muito bem. Desde que nasceu para a vida tem participado de todos os movimentos culturais. Lançou livros, revolucionou idéias, plantou árvores e fez despontar uma centena de artistas, crias suas ou não, que hoje se apresentam nos palcos improvisados das praças de nossa cidade. Quem não lembra do Jornal Estudantil? Do Novo Tempo e outros fanzines que marcaram os anos 80/90... E Evaldo ainda é fotógrafo, videomaker, jornalista, poeta, cantor, declamador, escritor, pi

Capelinha do Perpétuo Socorro

Reportagem Especial A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa “ lugar onde primeiro se avista o sol ”. O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que na década de 20 do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues , esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. Este obelisco fica no bairro da Beleza

Amigas do Lar de Esperança

Fachada principal da AALE - Esperança/PB Reportagem Especial A Associação das Amigas do Lar de Esperança foi criada pela ação marcante da Sra. Diva Trigueiro Ferraz – extensionista social da antiga ANCAR, hoje EMATER - que passou a incentivar um grupo de senhoras que buscavam a todo custo realizar algo marcante e significante na sociedade. Fundada em 20 de março de 1963, é uma “associação civil, apolítica, sem fins lucrativos, puramente filantrópica, que visa a promoção humana social”, com o nome de Associação de Economia Doméstica União e Progresso de Esperança – AEDUPE. Que foi alterado em 1968 para Associação das Amigas do Lar de Esperança – AALE, cuja denominação permanece até os dias atuais. Primeira diretoria da AALE - Esperança/PB Sua primeira presidenta foi Antonieta Alcoforado Costa, sócia fundadora e efetiva da AALE. E a primeira sócia colaboradora a senhora Juliana Taveira. Possui duas categorias de sócias: efetivas (que freqüentam regularmente as reuniões e prestam trabalho
O mar e eu, eu e o mar. Na imensidão do mar olhei Tanta água, tanta mágoa que deixei. Não sei senhor, se um dia voltar, Ao mar que antes naveguei, A Esperança hei de encontrar. Rau Ferreira           Edições Banabuyê Digitalização EPDOC ® Esperança/PB: 2011

SOL: Pela ordem

Reportagem Especial Em 1926 noticiava A União o avanço da Coluna Prestes na Paraíba. Os fatos, por esta folha, foram denominados sob o título geral “Pela Ordem e Contra a Revolta”, que se seguiram durante vários dias a partir do dia 05 de fevereiro daquele ano. A nota tomou grande espaço na primeira página, e pode ser resumida assim em seu primeiro parágrafo: “ Como é de domínio público,os rebeldes, ao mando de Prestes, Siqueira Campos e outros, rechachados no Maranhão e Piauí, internaram-separa Estado do Ceará, e, depois de uma série de correrias, ataques e sortida, rumaram para as fronteiras da Paraíba e Rio Grande do Norte” (A União: 5/02/1926). A estes acontecimentos seguiram-se inúmeros votos de solidariedade ao chefe do executivo paraibano, que se empenhou na luta tendo o apoio militar do Cel. Elysio Sobreira, comandante da Força Policial. A comunidade de Esperança, além deste filho ilustre, externava os seus préstimos. Anote-se daquele jornal “ os aplausos e testemunhos de solid

Poda em árvore gera polêmica

Noticiou o blog da Folha de Esperança (12/09): Ex-Prefeito Dr. José Lêdo e o Presidente do Rotary Raimundo Barbosa “Uma árvore podada perto do tronco, que foi plantada em frente a uma residência da rua Manoel Rodrigues, em Esperança, vem causando uma certa polemica na cidade de Esperança. O proprietário do imóvel, Marinaldo Elias Batista ficou indignado e ameaçou acionar o Ministério Público, pois alem fazer sombra no local, era de muita estimação da família. No local,foi montada uma parte da estrutura de um evento que começa nesta sexta-feira, cuja árvore estava atrapalhando o andamento da implantação. O fato chamou a atenção dos rotarianos José Ledo Vieira da Nóbrega e Raimundo Barbosa, que fizeram questão de ir ao local e segundo Raimundo Barbosa, atual presidente da entidade, o assunto será inserido na pauta da reunião desta quarta-feira, dia 14,do Rotary Club de Esperança”. O HE se solidariza com a família de Marinaldo Elias e lembra que a rua Manuel Rodrigues, no passado, era bem

Dia de Sábo, poema do Vereador Amazan

Ofereço este poema a todos os amigos que admiram a poesia nordestina Papai levou um jumento, Cuma caiga de caivão, Pa vendê e faze fera, Comprar farinha e fejão, Carne de poico e custela, Pra noi cumê um pirão. Eu na fera reparei , Tudo que tinha de gente, Baibeiro tirano baiba, Pu doi real somente, Na frente a veia vendeno, Inxofre, paivi e pente. La na cuiva do meicado. Tombem vi uma muié, Vendeno chicra de loiça, Dessa de tumá café, Arupema. quengo e cuia, Prato de barro e cuié. Tem coisa que arrente vê. Na fera que se arripea, Doto arracano dente, Pu dei real a pareia, Bebo arrumano briga, E unhas veia incheridas Cum us brincão nas zureias. La no meicado noi fumo, Tuma café cum siqui, Tinha um cego pidino irmola, Arrudiado de fi, Um bebo dano trabai, Dexa eu vê se eu lembo mai, Foi isso mermo que vi. José Adeilton da Silva Moreno Vereador Amazan de Esperança (*) Publicado no blog do Vereador Amazan , em 18/07/2011. Nota: Para entender melhor o texto, sugiro visitar o blog do Evald

Praça da Cultura

Escreveu Inácio Gonçalves de Souza, em sua “Seleção Nostalgia” para o jornal A Folha, sobre a Praça da Cultura. Entre outras coisas, exaltou as peculiaridades do lugar. Devo, pois, complementar-lhe a idéia... A praça era um local mágico, cheio de ilusão para sua época. E ponto de encontro dos estudantes do paroquial e estadual, nas aulas vagas. Seus bancos de cimento, seus patamares, altos e baixos; o panteão da bandeira, e as árvores que circundavam na mesma direção que os carros seguiam, subindo pelo CAOBE e descendo pela biblioteca. Tudo era circunspecção, atitude. Havia a “galera” do skate, liderados por Crisóstimo; e a turma da bicicros, com Sidney. Era a época do “break”, e um menino franzino contorcionava-se em movimentos rápidos e lentos. Este depois fundou um grupo chamado “Cultura de Rua”. Os “ nerds ” ficavam junto à calçada da biblioteca, sempre com soluções prontas para tudo. E os galãs faziam ponto nas barracas de Ledo ou de Tité. As moças passeavam, subindo e descendo a

Sinopses das Sesmarias de Esperança

Sesmarias eram lotes de terras incultos ou devolutos que os reis de Portugal cediam para quem se dispusesse cultivá-las. Cada uma media 3 (três) léguas de comprimento por 1 (uma) de largura, sendo uma légua antiga equivalente a 6,6 Km. Apresentamos uma sinopse das Sesmarias que foram concedidas na região de Esperança, outrora Banabuyé. Anotem para a grafia, a qual pela relevância histórica dos textos foi grafada como de sua época. a)       Sesmaria nº 107 , de 13 de junho de 1713 – Concedida a Mathias (sic) de Araújo Rocha no lugar denominado Lagoa de Pedra, Sertão do Paó, no governo de João da Maia da Gáma; b)         Sesmaria nº 116 , de 3 de agosto de 1714 – Concedida ao Capitão Bento Ferreira Feio, Martin Gomes e José Luiz, nas testadas dos herdeiros de Domingos da Rocha pelo rio Mamanguape; c)       Sesmaria nº 202 , de 28 de julho de 1728 – Concedida ao Coronel Matias Soares Taveira, no sertão do Paó, entre os rios Mamanguape e Araçagy, ao leste com os herdeiros de Domingos da Ro

Novidades!

O HE está preparando uma série de reportagens especiais com as nossas mais recentes descobertas. Realizamos diversas pesquisas em jornais antigos da Província da Parahyba, onde estão inseridos muitos documentos que dizem respeito ao município de Esperança. Os achados reportam a Sesmaria de Lagoa Verde, vários poemas do professor Joviniano Sobreira e um de José Pereira Brandão – o Santos Cacheiro – e alguns fatos relacionados a Banabuyé (necrologia, música, crimes etc). Porém, a grande novidade é um anúncio que diz respeito a uma FÁBRICA ARTESANAL DE CIGARROS em Esperança, no ano de 1891. A publicidade encontra-se em várias edições de jornais e era de propriedade de um certo Austreliano Cicinato, com sede na rua da Gameleira, na povoação de Esperança. Estamos coletando maiores dados para publicar estas postagens. Aguardem! Rau Ferreira

Matias Fernandes

Mathias Francisco Fernandes era filho do Capitão João Francisco Fernandes e D. Quitéria Clementina da Conceição, sendo seus avós João Francisco Fernandes e Maria da Conceição, residentes no Logradouro, divisa dos municípios de Esperança e Remígio. Estabeleceu-se em Esperança (antiga Banabuyé) por volta de 1870, vindo da cidade de Areia, no ramo do comércio de tecidos. A sua mão benéfica forneceu cartas de apresentação para os comerciantes locais comprarem das praças da Paraíba (atual João Pessoa) e Recife, iniciando assim na atividade diversos comerciantes locais. Era um homem culto e recebia dentro das possibilidades as principais publicações que vinham pelos Correios (jornais e mensários). Adepto da doutrina kardecista, assinava a revista espírita “O Reformador”, órgão oficial da Federação Espírita Brasileira. E realizava em sua própria residência sessões espíritas e convidava pessoas de boa reputação para participarem das reuniões, entre elas o historiador Irineo Joffily e o Cônego

Jornal "Gillette", 1994

SOL: Na imprensa pernambucana

Reportagem especial O esteta da poesia Silvino Olavo da Costa colaborou durante algum tempo com a imprensa pernambucana escrevendo para jornais, revistas e boletins. Destacamos aqui as suas principais atuações nesses periódicos. Estrellas de Junho – revista familiar de sortes editada pelo Diário de Pernambuco, dedicada “ as noites de Santo Antônio, São João e São Pedro ”. Surgida em 1915, registrava fatos, coisas de época e literatura, dirigidas às famílias e em especial crianças. Brasil-Portugal – revista mensal de intercâmbio luso-brasileira, dirigida por Nelson Firmo e Souza Barros. Trabalho gráfico da oficina do jornal Diário da Manhã e colaboração escolhida. Silvino Olavo integrava o número de colaboradores ao lado de figuras como Eudes Barros, Álvaro Lins, Baltazar da Câmara e outros. Pé de Moleque – Livro de sortes e revista de Fortunato Sapeca que circulou em junho de 1933, com 100 páginas no formato 21 x 15 cm, impressa em papel cuchê e ilustrada à caráter com o fim de “ r

Segunda Frente

As festas da Padroeira do Bom Conselho eram famosas não só pela tradição, iniciada em 1908. Mas também e principalmente pelo murmurinho que surgia aqui e acolá, tanto no mundo religioso quanto profano. Além disso tinham os cordões onde as moças mais bonitas faziam caras e bocas para angariar recursos para a Matriz. Quanto ao disse-me-disse, boa parte vinham dos jornais “noticiosos” que eram editados na cidade. E nessa linha um dos mais antigos foi o “ Segunda Frente ”. Esse periódico era de responsabilidade do acadêmico Ulisses Coêlho Nobrega, com direção técnica Genésio Candido, e redação dos Srs. José Coêlho, Manoel Clementino e Manoel Camelo, sendo redator-chefe o contador L. Milanez. Dizem que a oficina funcionava no “Pavilhão Nada Além” (antigo XV de Novembro, onde hoje é o Calçadão). Ao preço de CR$ 0,50; circulava na cidade com motes, glosas, notícias e muito mais. A edição que temos em mãos data de 1943, dá conta dos cordões Verde e Encarnado, que na noite de ano fizeram belas

7 de Setembro, anos 70

Fonte: - Blog Jailson Andrade; - Orkut Cida Galdino; - Arquivo blog HE.

Esperança em 1889

Reportagem Especial Descrevemos aqui Esperança nos idos de 1899, conforme encontramos no Almanak Administrativo do Estado da Parahyba. Conhecida por Banabugé ou Esperança, era uma grande aprazível povoação que pertencia à vila de Alagoa Nova, localizando-se 3 léguas a Oeste daquele município. Na época registrava 152 casas e cerca de 1.300 habitantes. Sua capela, erigido sob a invocação da Virgem do Bom Conselho, era um “ bello templo de excellente construcção e moderna architectura ” (sic), medindo 80 palmos de largura por 160 de extensão. E tendo por capelão o Padre Bento Maria Borges. Havia ainda um cemitério público com capela correspondente, este construído em 1860 devido ao surto de Cólera que ocorreu em nosso Estado. E uma filarmônica, que acreditamos ser aquela regida por Joviniano Sobreira, que possuía um internato no município com aula de música em seu currículo. A sua feira é abundante e concorrida, realizando-se aos sábados nas proximidades da capela e em um mercado particu