Alenda é Caricé
Esperançaé a região
DosÍndios Banaboiés
Cujodrama conhecerão.
Dentreos moços
Doserviço de demarcação
Haviaum que costumava cantar
Aosom de um dolente violão
Àmoda de endecha
Umatriste canção...
O jovemMorais Valcácer
Filhode um donatário da região
Passavaas tardes a dedilhar
Àbeira de um riachão.
Eramos tempos das Sesmarias
Quese fazia a demarcação
Euma índia a passear
Ouvindoo ritmo da paixão
Deixou-sepelo jovem encantar.
Pertenciaa tribo Banaboié
Quepovoara a região
E apretexto de ir buscar
Águapara sua obrigação
Omancebo ia visitar.
Oamor tem suas armadilhas
Quepenetram fundo o coração
Yaraaprendera a cantar
Econheceu também a decepção.
Aofim dos trabalhos
Deixouo jovem aquele riachão
Paraa sua terra regressar
Nãolhe explicando a razão.
Aíndia insulada a chorar
Pedirapara a Lua-Yaci
Aliviara sua sofreguidão
Masnem o Sol-Guaraci
Deu-lhea devida atenção.
Aimagem do amado a recordar
Todosos dias, no riachão,
Ostranseuntes a perguntar
Ador e toda a sua solidão.
Oespectro do amor da juventude
Copiaratoda a sua feição
Umindiozinho passa a reclamar
Emsua rude concepção:
- Mamãe está a resguardar,
Até agora, os prazeres de antão.
Nasmatas da Meia-pataca
Essaestória muitos ouviram
Umaescrava forra a contar
QueYara um rebento fez brotar
Paraa sua satisfação.
RauFerreira
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