Na nossa história dois
Coelhos tem se confundido. Não obstante ambos são professores, com incursão na
administração pública, atuando como auxiliares do governo estadual. Afora essas
coincidências, também os nomes se lhe identificam: José Coelho. A separar-lhe
os episódios de suas épocas e a distinção familiar: Um coelho é um coelho,
outro coelho é outro coelho.
O primeiro a figurar na linha
da história é José Gomes Coelho (1898/1954). Diplomado pela Escola Normal da
Parahyba, formado em Direito no Recife/PE, além de professor foi diretor do
Liceu Paraibano, nomeado por João Pessoa em 1928. O seu intelecto invulgar
produziu o livro “Escorço de Coreografia da Paraíba”, lançado em 1919. Esteve
presente, ao lado de Silvino Olavo, na inauguração da luz elétrica a motor, em
Esperança, participando do conclave que eclodiu com a emancipação do nosso
Município.
O segundo - José Coelho da
Nòbrega -, professor de português, agrimensor, orador e poeta, possuidor de uma
“memória de anjo”, autor de peças como “Aritmética” e “Mãe”, além dos gloriosos
hinos do América (Mequinha) e do Município de Areial, progenitor da também
poetisa Vitória Régia, lecionou por muitos anos no Colégio “Irineu Jóffily”.
Fundou em Esperança os jornais: Gillete e a Navalha. Esteve presente em
diversos momentos históricos, inaugurações e ocasiões políticas, participando
ativamente da vida esperancense.
Com isso, encerramos a dúvida, e esclarecemos a divergência entre os dois Coelhos, com apenas uma cajadada: quando nos referimos à criação do município, estamos mencionando o Coelho Gomes; nas participações da política local, nos idos de 40/50, é o Coelho Nóbrega que se apresenta.
Rau Ferreira
Referências:
- FERREIRA, Rau. João Benedito: O mestre da
cantoria. Edições Banabuyé. Esperança/PB: 2014.
- IHGP, Boletim Informativo. Edição XXI. João
Pessoa/PB: 1994.
- LEAL, José. Dicionário Bibliográfico
Paraibano. FUNCEP. João Pessoa/PB: 1990.
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