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Mostrando postagens de março, 2016

Esperança: Entre o Cariry e o Agreste

O professor Gerard Prost em três artigos para a Revista Brasileira de Geografia (IBGE) fez um importante estudo sobre os aspectos regionais da Paraíba. Os seus estudos são o que há de mais completo para entendermos a dicotomia Agreste-Brejo. Nesse aspecto, o seu trabalho está focado na região de Esperança, com os títulos: O Agreste de Esperança, A Fronteira Cariri-Agreste de Esperança e O Cariri Semiárido transformado pelo agave. Em nossa modesta contribuição para a história loca, pretendemos fazer um resumo dos dois primeiros trabalhos. A matéria completa pode ser lida através do link a seguir: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/115/rbg_1968_v30_n3.pdf 1.      O Agreste de Esperança Contrasta fortemente com as regiões vizinhas, e portanto seus limites não são bem definidos. Não apresenta paisagem montanhosa, solo vermelho e constância do verde como se observa no Brejo; tão pouco apresenta os vastos horizontes de Caatinga ou mesmo os mosaicos herbáceos d

Solar dos Delgado - o mais antigo e preservado da cidade

O Solar dos Delgado (1933) - Foto de José Coêlho da Nóbrega Alguns poucos casarões e construções antigas compõem o nosso patrimônio histórico, apenas, a exemplo do Solar dos Delgado, da Casa Paroquial, da Secretaria de Educação, na atual Manoel Rodrigues. A maioria delas encontra-se nesta rua principal (antiga Epitácio Pessoa, popular Chã da Bala). Mas, há alguns exemplares na rua Nova (João Pessoa) e na do Sertão (Solon de Lucena). Na rua de Baixo (Dr. Silvino Olavo), a última casa do beiral de brancas e baixinhas, remanescente da inspiração do poeta, há muito deixou de ser uma casinha de porta e janelas, sofreu mudanças e se encontra fechada, sem moradores, até vir um novo prédio comercial sobre ela. Pequenas como aquela ou grandes, as belas construções de antigamente cedem espaço a lojas e pontos comerciais. O mercado – mola propulsora da Banabuyé que evoluiu para uma Esperança apática – trouxe muita coisa boa, mas nos deixou em um saudosismo ímpar. A inexistência de uma le

A pedido... Réquiem para José Leal (P. S. de Dória)

Um dos nossos parceiros nesta narrativa da história local é o amigo P. S. de Dória, que muito tem contribuído com seus textos e poemas relembrando o passado esperancense. Pois bem. Nessa sua incursão pela história, lembra-nos o parceiro de José Leal, repórter que por algum tempo residiu em Esperança. José Leal da Silva, jornalista, teve sua carreira iniciada em 1946, na revista O Cruzeiro, trabalhou depois nos principais jornais do Rio de Janeiro e na revista Realidade.  Em 1956 recebeu o Prêmio Esso com uma série sobre o alcoolismo, publicada pelo jornal O Globo e intitulada “180 dias na Fronteira da Loucura”.  Ultimamente fazia parte da Assessoria de Imprensa do Ministério da Fazenda. José Leal da Silva faleceu dia 2 de janeiro de 1977, aos 52 anos, no Rio de Janeiro. No início do ano de 1960, passou uns 15 dias em Esperança fazendo reportagens a respeito do sisal (A Agave), que acabou num livro em parceria com outro colega. Costumava alugar um "Jeep" e seguia

Otílio Rocha (in Memorian)

Jornalista Otílio Rocha Otílio Rocha nasceu em Campina Grande/PB, no dia 21 de fevereiro de 1955. Era casado com a Sra. Gorete Rocha, com quem teve um casal de filhos que lhe deram quatro netos. Possuía o ensino médio, que lhe foi suficiente para alavancar a sua carreira jornalística. Em nosso Município atuou em diversos meios de comunicação. Foi dono de jornal, radialista e apresentador. Atuou nas rádios “Cidade AM Esperança” (1.310 Khz) e “Banabuyé Fm” (87,9 Mhz), onde apresentava os programas “A Hora do Brega” e “Sala de Reboco”. Com muita experiência na área, fazia a técnica dentro da programação da rádio e transmitia seus conhecimentos para os colegas e operadores. Junto à imprensa escrita, foi redator dos jornais “Tribuna Independente” (1986), “A Folha” (2009) e “Folha de Esperança” (2010), além de editar o blog homônimo “Folha de Esperança”. Na política, candidatou-se aos pleitos de 1992, 1996, 2004, 2008 e 2012 obtendo resultado satisfatório, porém não sufici

Uma crônica sobre Silvino Olavo

(Um breve relato da sua história).  Por: psdedória Na clausura abominável de um “antro de alienados”, nada impossível, poderia ter sido confinado por quase duas décadas, outro personagem ainda jovem, de uma trajetória estudantil brilhante, de renome no meio literário e político, de uma retórica dominante e de uma veia poética invejável, que não a da figura do nosso conterrâneo e poeta maior, o Dr. Silvino Olavo. Mas, assim determinou a providência a sua infeliz trajetória, e assim, se fez cumprir o seu destino. Num deliberado gesto de jovem inconformado, no ano de 1915, aos dezoito anos, saiu Silvino Olavo de casa fugido, segundo relatos do autor JOÃO DE DEUS MAURÍCIO em seu livro “A VIDA DRAMÁTICA DE SILVINO OLAVO”. Acredita-se, por ter sido impedido e renegado por sua mãe diante de um namoro seu com uma menina muito bonita de nome Severina Lima, da família “Cambeba”, por quem tinha uma verdadeira paixão; uma desilusão de seus sonhos de amores e anseios sentimentais: “Min

Esperança: contas de 1931

A título de curiosidade trazemos ao conhecimento do nosso público a previsão orçamentária municipal para o ano de 1931. As contas estavam reguladas pelo Decreto nº 01, e foram sancionado pelo Vice-prefeito Ignácio Rodrigues de Oliveira, sendo fixadas em 36:620$152. A receita do executivo advinha dos tributos com algodão, couro e peles, armazéns de cereais, depósitos ou enchimento de querosene, aguardente e cal; sola e aviamento para sapateiros, madeiras de construção, lojas de fazendas (tecidos), cutelarias e padarias; despolpador de café, oficinas de calçados, serralheiro e marceneiro; mascates e ambulantes. A agência de automóveis era tributada em 60$000. Na época a representação (salário) do prefeito era de 2:400$000, enquanto que o Secretário recebia a metade desses vencimentos. Para o expediente da Prefeitura estava destinado 700$000. Mas deveria se gastar com a conservação das estradas e reservatório d’água 2:000$000 e, por ser a cidade “Lyrio verde”, destinava-se 300$000 pa

Grêmio Estudantil "Silvino Olavo"

Foto: Alexandro Almeida/Jornal A CIDADE Em escrutínio geral os alunos do Colégio Estadual Mons. José Coutinho, em Esperança, aprovaram os estatutos do Grêmio Livre “Silvino Olavo”. A organização que representa os interesses da classe estudantil naquele educandário leva o nome do importante poeta, maior representante do Simbolismo na Paraíba. Definido como espaço de cidadania e aprendizagem, o grêmio permite aos alunos o debate no ambiente escolar, com reflexos na própria comunidade. As informações foram prestadas pelo professor Alexandro Almeida, que também representa o Sintab em nosso Município. E veiculadas no perfil do Facebook do Jornal A CIDADE (em 22/02/2016), que vai ao ar todos os dias no horário matutino pela BanFM, e que tem como âncora a jornalista Isabele Rakel. Na imagem cedida pelo próprio professor, observa-se o alunado aprovando do grêmio estudantil. Rau Ferreira