O futebol sempre foi uma paixão
nacional e não é de hoje. Desde que o esporte bretão chegou ao nosso país tem
se formado equipes de peladeiros ou profissionais que perseguem a pelota em
vista da meta-gol.
Também o nosso poeta quedou-se a esta
prática desportiva, eleito que fora para integrar a delegação parahybana que
avançava no campeonato brasileiro para o ano de 1927.
Silvino Olavo contava 30 anos de
idade. Magro e de certa estatura, poderia ser um centro-avante ou mesmo
goleiro. Mas não temos registro de sua atuação como jogador. O certo é que fora
escolhido para presidir o selecionado e, no dia 30 de setembro de 1927,
embarcava em Cabedelo com destino ao Rio.
A bordo do navio “Pará” também
estavam o secretário Severino de Carvalho, o diretor técnico Manuel de Oliveira,
o cronista Perillo D’Oliveira e os jogadores: José Miguel (Miguelinho), Antônio
Simões (Capelinha), Adalberto Araújo (Chaguinha), Severino Conrado de Lima
(Siba), Severino Vinagre (Vinagre), Edgard de Holanda (Edgard), Rivaldo Holanda
(Pitota), Waldemar Góes (Vavá), Antônio Valle Melo (Tota), Renato Amaral
(Amaral), Guaracy Codeceira (Guaracy). Reservas: Severino Burity, Aurélio
Rocha, Ermes de Aguiar e Edgard Neiva.
A embaixada tão logo chegou à capital
federal tratou de oferecer um almoço à imprensa carioca, que se realizou no dia
10/10 no Hotel Belo Horizonte (Hotel Eunice). O objetivo era estreitar os laços
de amizade que já existiam e como podemos supor divulgar o futebol da Parahyba.
Silvino discursou de improviso,
salientando a importância da imprensa “em
prol da consecussão dos mais alevantados ideais esportivos, como faziam os
jornalistas ali presentes, componentes que são dessa força radiosa de opinião”
que ousou chamar de o 4º poder.
Assim registrou à crônica da época,
acerca do embaixador parahybano:
“(...) nada faltou para que pudesse ser observada ‘de visu’ o cavalheirismo
que já o conhecíamos através de notícias, de tão cativante sportmen. (...) O ágape foi presidido pela maior
cordialidade, e em nenhum momento deixou de imperar a alegria, obrigatória,
(...) sempre caracterizado pela maior
cordialidade, só dando-lhe por terminada cerca de 4 horas da tarde, entre mutuas
manifestações de simpatia de todos os presentes”.
Estiveram presentes o Deputado Tavares Cavalcante, Haroldo
Daltro, Ferreira Júnior (A Esquerda), Ivo Arruda (O Sport), Netto Machado (O
Globo), Antônio Velloso (A Manhã), o Dr. Célio de Barros, Presidente da
Associação dos Cronistas Desportivos dentre outros.
Nesse campeonato, a equipe da Parahyba ficou na 5ª Colocação,
após enfrentar o Espírito Santo que ganhou pelo score de 6 x 1, partida ocorrida nas Laranjeiras no dia 12/10,
sendo árbitro Homero Mesquita. O único gol parahybano foi marcado por Pitota
aos 85 minutos.
Rau Ferreira
Fontes:
- DIÁRIO NACIONAL, Jornal. Edição de 06 de outubro. São Paulo/SP:
1927.
- A PROVÍNCIA, Jornal. Edição de 01 de outubro de 1927. Rio
de Janeiro/RJ: 1927.
- O JORNAL, Jornal. Edição de 12 de outubro. Rio de
Janeiro/RJ: 1927.
- Campeonato Brasileiro. Wikipédia. https://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Brasileiro_de_Sele%C3%A7%C3%B5es_Estaduais_de_1927,
acesso em 25/05/2016.
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