Costumo cultivar as
amizades, as boas amizades. Uma delas que me dá prazer é conversar aos sábados
com o amigo Janilson Andrade que
conheço desde menino. Em seu comércio fico sabendo do “moído” da semana. Só depois
daquele “papo” gostoso é que ganho ânimo para fazer a feira.
Neste sábado, entre os
muito assuntos que nos move, falamos das figuras folclóricas de Esperança, na
presença do irreverente Paulo de Bié que se demorou um pouco e foi embora.
Pois bem, Janilson
lembrou-se de seu Zé Pedro e ficou surpreso porque não me era conhecido. Daí seguiu
a seguinte narrativa:
“Zé
Pedro era um comerciante aqui de Esperança que morava próximo ao antigo SESP. Aqui
quando alguém procurava alguma mercadoria que não encontrava o bodegueiro sempre
dizia: Zé Pedro tem! Era como um dito popular e as pessoas se dirigiam a seu
Zé. O curioso é que ele gostava da fofoca, comenta Janilson.
Então
o freguês perguntava, por exemplo:
-
Seu Zé, tem gás?
E
ele respondia:
-
Olha, tem não. Mas tá prá chegar!
Janilson
também disse que a mulher repreendia:
-
Mas Zé e tu ainda dá corda!
-
Deixa mulher, é tudo brincadeira – respondia seu Zé”.
O povo esperancense é
uma gente ordeira e bem humorada. Os comerciantes muito atenciosos com sua
clientela. Acho que seu Zé reunia essas duas qualidades. Nesta pequena postagem
fica a homenagem do amigo Janilson a seu Zé Pedro e todos os comerciantes de
seu tempo.
Rau Ferreira
(*) Com a colaboração de Janilson
Andrade, entrevista realizada em 14/05/2015, pelas 07:10 horas.
Comentários
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.