Muitos reservatórios do nordeste brasileiro são alcalinos,
com grande concentração de sal. Em alguns, a fotossíntese reage com a
alcalinidade propiciando o surgimento de algas nas seguintes espécies: Brachionus, Filina e Pedalia. Esses
espécimes podem ser encontrados em inúmeras localidades, dentre elas destaca-se
o "Açude Esperança".
Na época o estudo foi promovido Albert H. Ahlstron e
publicado nos Anais da Academia Brasileira de Ciência (Tomo X, Nº 01: Rio,
1938).
O município era uma "pequena vila" e o açude pelo
que podemos supor era o Banabuyé. As algas foram identificadas em 1910, 1911 e
1932.
O Banabuyé foi o principal reservatório de água da cidade,
fornecendo o líquido precioso para matar a sede dos esperancenses desde o
início do seu povoamento. No passado, existia até a profissão de “entregador de
água”, pessoas que em lombos de burro ou carroça faziam a entrega de água de gasto
nas residências das pessoas importantes. O local também servia para as
lavadeiras e havia até quem tomasse banho no manancial, separados homens das
mulheres.
Nos anos 70, as águas serviram para os trabalhos da BR-104 (Anel
do Brejo) e, nos anos 80, o açude estava praticamente sem uso, com inúmeras
plantas em seu espelho d’água.
Rau Ferreira
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