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Mostrando postagens de novembro, 2016

Votos de aplausos

Votos de aplausos (2016) Através de propositura do Vereador Nahin Galileu dos Santos Cavalcante, fomos agraciados com votos de aplausos na Câmara Municipal de Esperança, Casa de Francisco Bezerra. A honraria foi concedida em face do livro de nossa autoria (Banaboé Cariá) e “pelos serviços prestados à população resgatando a história do Município de Esperança”. Em sua fala, o Vereador Pingo, como é mais conhecido em nossa cidade, enfatizou a importância da obra e o quanto esta vem sendo discutida nos meios sociais, assim como a Vereadora Cristiana Almeida, que acrescentou a necessidade de se inserir na grade curricular municipal o estudo da história de Esperança. Foi uma noite de festa, não apenas pelos votos concedidos como pelos títulos de cidadão e comendas agraciadas por aquela Casa Legislativa, lembrando que foram homenageados, entre outros, o Dr. João de Deus Melo, o Padre Romualdo Vieira e o Vereador Evandro da Rocha. Quero externar a minha felicidade e gratidão ao Ve

SOL em retiro espiritual

Silvino Olavo visitava as redações de jornais e revistas por todo o país, como representante da Delegação Parahybana de Imprensa. A nota que ora se apresenta, nos vem d’O Século, jornal que era editado em Campina Grande, dirigido por Luís Gomes da Silva. A despeito do poeta, escreve aquele periódico: “(...) é uma das mais autênticas expressões da brilhante e moderna mentalidade das letras brasileiras”. Anotava-se a respeitabilidade que gozava o vate no cenário nacional, seu talento e caráter admirável. Pontuava ainda aquela publicação, a repercussão das suas obras, que ultrapassaram as fronteiras do nosso Estado, colocando-o entre “ as figuras representativas da moderna geração de homens de letras do Brasil ”. Por fim, anunciava O Século o retiro espiritual que o conterrâneo iria realizar no município de Barra de Santa Rosa, “ de dois meses, em meditação de um novo livro que pretende publicar ainda este ano ”. Há pouco havia sido exonerado do cargo de Promotor da Capital.

Escola Agrícola de Esperança (um sonho quase possível)

Cresci com as histórias do potencial econômico do município. Na época, falava-se muito na agricultura, tendo como carro-chefe a batata inglesa. Lembro que no CAOBE se promovia festivais, em que eram eleitos os maiores produtores da região desta leguminosa. Também por esse tempo se falava numa escola agrícola que viria para Esperança, alvo de minhas pretensões estudantis. Com efeito, não havia alternativa para o ensino técnico no município e, sendo um aluno filho de operários, me parecia o caminho mais curto para a profissionalização. Pois bem. Até pouco tempo a “Escola Agrícola de Esperança” me parecia um mito, até que me deparei nas minhas pesquisas com o Projeto de Lei nº 4.721, de propositura do Deputado Federal Evaldo Gonçalves, datado de 08 de março de 1990, que se encontra nos Anais da Câmara dos Deputados. O projeto em questão previa a criação de uma escola federal agrícola em nosso Município, cuja denominação iria homenagear o ex-presidente da Câmara Federal, e filho tel

O Clã dos Virgolino

O clã dos Virgolinos tem origem no sítio Riacho Fundo, no município de Esperança. Deste tronco são originários os Srs. Joaquim Virgolino, comerciante, juiz municipal e prefeito de nossa cidade (1947, 1955/1959); e Heleno Henriques, médico e sócio fundador da Cooperativa de Batatinha de Esperança (1936). Sobre esta família, nos escreve Cristino Pimentel (2001): É uma família muito unida. Um clã que se espalhou por diversas partes do Estado, e hoje uma boa parcela dos seus elementos vive e trabalha em Campina Grande, honrando a sociedade e o comércio da cidade. De grande destaque temos ainda o Sr. João Virgolino da Silva. Seu “Joca” era casado com D. Paulina Nascimento da Silva e pai de oito filhos. Nasceu no Riacho Fundo em 1886. Era branco e de olhos azuis. Seu pai Virgolino Nery faleceu aos 40 anos de um derrame cerebral, sendo ele o filho mais velho assumiu as responsabilidades da casa, encaminhando os demais irmãos no ofício de almocreve no pequeno comércio de fumo, nas fe

Aspecto da feira (transporte de cargas)

Crédito da imagem: Fabrínia Almeida A feira é uma das atividades mais antigas de Esperança. Foi no seu entorno que nasceu, por assim dizer, a primeira aglomeração de pessoas cuja agregação foi além do objetivo comercial, já que residências começaram a ser construídas na rua de Baixo (atual Dr. Silvino Olavo). Pois bem. Hoje (sábado, dia de feira) me deparei com a análise de uma fotografia postada no grupo “Esperança – terra mãe”, feita pelo meu amigo Janilson Andrade. Comentava o nobre colega que em conversa com uns anciões, ficou sabendo que no início, o transporte de mercadorias na feira era feito em balaios. Esses balaieiros tinham uma prática tão grande que sequer seguravam com a mão, equilibrando na cabeça andavam de um lado para o outro. Lembro-me de ver muitos homens com balaios quando a feira acontecia na rua do Sertão. Homens e crianças se punham a levar as compras de um canto para outro e fazer a entrega na casa do cidadão. O engraçado é que naquele tempo não havia s

Mistério dos Caldeirões

Caldeirão, inscrição. Crédito da imagem: Thomaz Bruno - SPA O Sítio Caldeirão, há aproximadamente 12 km da sede do Município de Esperança, seguindo pela estrada de Camará , esconde um mistério pouco explorado. Trata-se de uma importante Itacoatiara com gravuras produzidas sob a técnica da meia-cana que muito se assemelham as da Pedra do Ingá. Os petrogrifos, segundo dizem, foram “ feitos por um povo misterioso que habitou a Paraíba e que deixou sua história gravada em pedras espalhadas por vários municípios ”. Segundo levantamento procedido pelo historiador Vanderley de Brito e estudos da Sociedade Paraibana de Arqueologia – SPA, transcritos no livro “Paraíba – meu passado, meu presente”, este lajedo é formado: “(...) por plataformas em sete degraus, no leito do riacho Doce. Na primeira queda d’água formou-se um belíssimo caldeirão na meia encosta e há um lago, abaixo, que recepta as águas que excedem do caldeirão. Muitas gravuras rupestres entalhadas nesse painel já foram d

Sol na Associação da Imprensa Brasileira

A Associação de Imprensa Brasileira foi fundada em janeiro de 1928 na Capital Federal (Rio de Janeiro), presidida pelo Dr. Alvim Horcades, com o objetivo de unir e amparar os que exerciam a atividade jornalística no país. Na Parahyba, foram indicados para constituir a delegação: Silvino Olavo, Nelson Lustosa e Antônio da Rocha Barreto. Os nomes de expressão passeavam nas páginas dos jornais brasileiros, sendo o primeiro poeta e muito conhecido no Rio onde lançara em ’24 o seu primeiro livro de poesias – Cysnes – e ainda naquele ano, ensaiava a sua musa “Sombra Iluminada”. A indicação foi comunicada pelo Secretário da AIB, Dr. Arthur Guaraná cujos estatutos foram enviados aos confrades, assumindo o poeta esperancense o cargo de Presidente da Delegação Paraibana. Rau Ferreira Referências: - O NORTE, Jornal. Edição de 03 de janeiro. Parahyba do Norte: 1928. - A MANHÃ, Jornal. Edição de 28 de janeiro. Rio de Janeiro/RJ: 1928.

Mocidade, de um autor desconhecido

Poucos tem a sensibilidade de um Rilke com poesia à flor da pele. Assim o texto “Sobre a mocidade” que encontrei nas páginas d’A União. A redação que muito se assemelha à “Mocidade e idealismo”, - não apenas pelo tema, mas no gênero escolhido -, enxerta em sua escrita muitos conceitos de um tal escritor, igualmente esquecido. Embora sem a rubrica de poeta, podemos observar a semelhança das ideias, a coerência e construção textual daquele que foi, o grande expoente intelectual de nossa terra: Silvino Olavo. Como o vate, o autor de “Sobre a mocidade” usa jargões bastante conhecidos, com a linguagem alienígena alicerçada no conhecimento cultural. Nesse aspecto, a crônica de Augusto dos Anjos, que antecede “O gênio parahybano”, escrito por Silvino Olavo em duas edições seguintes, mostra-se coerente com o pensamento deste autor. A hipótese desta nossa tese pode ser verificada neste blog, em consulta ao item em questão. A seguir, a transcrição deste lirismo que preenche a coluna liter

Mão branca, na voz do promotor

Nos anos 80 formou-se em Campina Grande um grupo de pessoas que supostamente promovia uma “limpa” na criminalidade local. A imprensa veiculou o nome de 115 pessoas tidas como marginais, que foram mortas a pretexto de se promover o bem-estar social.  Todavia, o alvo não eram apenas criminosos; advogados e políticos também passaram a serem ameaçados.  A derrocada do movimento se deu através da intervenção estadual e de uma comissão de direitos humanos, que apesar das ameaças sofridas, passaram a investigar as ações daquele esquadrão que ficou conhecido como “Mão Branca”. A versão que trazemos à lume nos vem do Procurador de Justiça Dr. Antônio de Pádua Torres, que à época atuou como promotor neste caso, não só requerendo a prisão preventiva dos envolvidos, mas ofertando a denúncia.  A entrevista faz parte do documentário “Enquanto a justiça tarda” de Fabiano Raposo, divulgada pelo RHCG em 01 de junho de 2013. Para o Promotor, “Mão branca” foi uma espécie de desvirtuamento da atuaç

América no Estadual de 76 (Súmula de um jogo)

Campeonato Estadual - 2º Turno, 3ª Rodada (1976) Súmula do jogo América 2 x 1 Nacional Local: Esperança Juiz: Marízio Coutinho Renda: Cr$ 2.200,00 Gols: Pedrinho (2), Totinha (1) Escalação: América - Newmann, Mimi, Israelo, gilberto, Paulinho, Djalma, Carlos César, Neguinho, Nandinho, Pedrinho e Humberto Nacional-P - Pereira, Dsomar, Coco, Didi, Pedrinho, Grilo, Messias, Silva, Diá, Totinha e Tico. Referência: - PLACAR, Revista. Abril Editora. Nº 322, Junho. Rio de Janeiro/RJ: 1976.

O antigo prédio da Farmácia S. Pedro

Farmácia S. Pedro (2010) A “Pharmacia S. Pedro” foi uma das primeiras drogarias da cidade. O seu edifício foi construído em 1946. Através do Alvará nº 152/58, a Prefeitura Municipal concedia licença a Sra. Maria Andrade de Oliveira para a sua construção, medindo 6,0 metros de frente por 20 m de fundos, adquirido junto aos herdeiros de Severino Pedro da Silva. O imóvel foi demolido em 2010, para dar lugar a uma concessionária de motocicletas. Rau Ferreira Referência : - FERREIRA, Rau. Banaboé Cariá: Recortes historiográficos do Município de Esperança . SEDUC/PME. A União. Esperança/PB: 2016.

Esperança tem novo padre!

Padre João Paulo Em carta-circular o Bispo Diocesano de Campina Grande, Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap, anuncia transferências e criação de novas paróquias na abrangência de seu episcopado. Nesse aspecto, após convocar os Conselhos Episcopal e Presbiterial, ambos de caráter consultivo, e realizada a oração antes de tomar qualquer decisão, a exemplo do Mestre Jesus, Dom Delson decidiu apresentar as mudanças, dentre elas, a transferência do Padre Romualdo Vieira para a Paróquia de São Cristóvão, no bairro do Centenário, em Campina Grande. Quanto aos destinos da Paróquia do Bom Conselho, deste Município de Esperança, doravante ficarão a cargo do Padre João Paulo Souto Victor. O Padre João Paulo antes estava responsável pela Paróquia de Massaranduba. Os fiéis desta terra de Banabuyé, e de Boa Esperança, desejam as boas-vindas ao novo pároco, força para enfrentar as dificuldades, e muita luz nesta caminhada. A Paróquia de Esperança conta atualmente com o pré-s

Fazenda Bela Vista

Da inspiração de Sol à luta agrária Fazenda Bela Vista (anos 80) Alvo de disputas por terras no passado, a Fazenda Bela Vista guarda muitas histórias. Ali morou durante 18 anos o poeta e intelectual esperancense Silvino Olavo da Costa. A casa sede da propriedade está localizada no final da Rua Barão do Rio Branco, no bairro Beleza dos Campos, e tem uma posição privilegiada. Próximo a “Ladeira do Mouco”, em um dos pontos altos da cidade, a residência construída em 1937 já sofreu algumas reformas, o que alterou sua estrutura original. Antigamente podia ser visto ali um relógio de pêndulo, datado de 1910, e outros utensílios bem antigos. Ao lado daquela morada existe um pé de jucá com mais de 100 anos, e que provavelmente tenha inspirado o poeta, pois vivera lá parte da infância e voltaria em 1952. Após sucessivas transmissões, restou a propriedade nas mãos de Valdemar Cavalcante e alguns herdeiros do poeta, fiscal da receita que arrendara as terras há mais de 30 pessoas. Eram

José Irineu Diniz (Zezé Cambeba)

José Irineu Diniz – Zezé Cambeba – era homeopata, e patriarca desta numerosa família. Nascido em 15 de dezembro de 1865, era casado com D. Rosalina e pai do advogado Severino Irineu Diniz. Em nosso Município exerceu importantes cargos a serviço do judiciário. Com a criação do Termo Judiciário de Esperança, pertencente ao 2º Distrito da Comarca de Areia (Lei Provincial Nº. 10/ 1851), foi nomeado Juiz de Paz, ao lado de Thomaz Rodrigues de Oliveira, Enéas Valdevino e José Joaquim Cavalcanti. Em 12 de novembro de 1892, se despedia da praça de Campina, onde exercia a sua profissão, retirando-se para a de Esperança “ onde resido, e como não seja possível despedir-me pessoalmente, [...] venho pela imprensa cumprir esse sagrado dever, offerecendo a cada uma das pessoas os meus pequenos serviços ao logar da minha residência ” (Jornal O Campinense). Anos mais tarde foi nomeado Partidor e Distribuidor do Juízo Municipal, assumindo o compromisso em 16 de janeiro de 1926,  e permanecendo no